Entenda a diferença do uso de plataformas de acesso e andaimes em uma obra
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Apesar de terem a função de possibilitar deslocamentos e acesso de pessoas e materiais de um ponto a outro de uma obra para a execução de serviços, tanto em distância como em altura, as plataformas de acesso e os andaimes possuem funções distintas. Eles compõem dois tipos diferentes de engenharia de acesso: dinâmica — relacionada às plataformas de acesso — e estática, em que estão inseridos os andaimes e as escadas.
Quer se aprofundar um pouco mais nesse tema? Então, confira o nosso post de hoje. Vamos falar um pouco sobre esses dois conhecidos elementos da engenharia de acesso, apresentando as principais diferenças entre eles. Vamos apresentar também as vantagens e desvantagens quanto ao uso e os casos em que recomenda-se a utilização de cada um desses elementos, fundamentando a tomada de decisão no canteiro de obras.
Diferenças básicas
A principal diferença entre plataformas e andaimes diz respeito à forma de acesso. As primeiras são móveis e, por isso, podem ser deslocadas de acordo com o andamento dos serviços.
Já os andaimes, em sua maioria, são estáticos. Eles não se movimentam e tem uma área de abrangência limitada. Até mesmo os andaimes suspensos são limitados: a altura é variável, mas eles correm em um eixo horizontal tendo, portanto, um limitado raio de atuação.
Veja também: Locação de andaimes
Vantagens e desvantagens
Na maioria dos casos, os andaimes são mais confortáveis para a execução dos serviços do que as plataformas elevatórias. Mas isso não quer dizer que eles sejam mais seguros! Na verdade, os andaimes são uma das principais causas de embargo em obras em função de falhas na execução que comprometem a segurança.
No que diz respeito aos custos, em geral o andaime costuma ser a solução mais rentável. Contudo, para grandes alturas a utilização de plataformas passar a ser recomendável, tornando-se mais vantajosa. Apesar das plataformas elevatórias possuírem valores de locação superiores aos andaimes fixos, elas podem representar uma solução com custo final menor, considerando a incidência das despesas agregadas ao andaime, como montagem.
Uma desvantagem da adoção dos andaimes abrange as condições do terreno. Pressupõe-se que eles estarão assentados em uma base plana — para assegurar estabilidade. Mas apenas um pode ser montado em diversos níveis de platô do terreno.
Já em terrenos com declividades acentuadas, a plataforma de acesso acaba sendo a solução mais recomendável. Em casos de plataformas com tração 4×4, é possível o seu deslocamento por terrenos com inclinação até 30% aclive e 45% declive. Mesmo assim, há algumas limitações do ponto de vista operacional: para operação a inclinação é muito reduzida — entre 2,5° a 4,5°.
Quando utilizar
A decisão quanto à utilização pode ser balizada, principalmente, em relação ao tipo de serviço a ser executado. Para trabalhos rápidos e pontuais, as plataformas aéreas apresentam-se como uma solução prática e versátil. Já para trabalhos maiores e de longo prazo, os andaimes são mais recomendados.
Outro item que deve ser considerado é a quantidade de pessoas, materiais e tipo de ferramentas envolvidas: a maioria das plataformas elevatórias possuem capacidade para 2 ocupantes mais ferramentas, com carga máxima em torno de 230 kg. Já as plataformas do tipo pantográficas podem alcançar maiores capacidades, mas são equipamentos específicos que possuem diversas restrições para operação.
É bom ressaltar que o dimensionamento e o projeto de andaimes deve ser realizado apenas por profissionais devidamente habilitados, com a emissão da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica.
Já no caso das plataformas, é requerido apenas operador devidamente qualificado. Mesmo assim, sua instalação, manutenção e inspeção periódica devem ser supervisionadas por profissional legalmente habilitado.
As soluções e tecnologias de engenharia de acesso são muitas. Para a escolha da alternativa mais adequada é preciso avaliar, conjuntamente, três fatores: custo do material, custo da mão de obra e custo da logística.
Qualquer que seja a solução adotada, é necessário estrita observância às normas de segurança, a exemplo da NR 18 e NBR 6494, afinal esta decisão poderá impactar consideravelmente o andamento dos serviços e os níveis de produtividade e gestão da obra.
E você, está preparado para tomar a decisão acertada quanto aos itens de engenharia de acesso? Deixe um comentário em nosso post e compartilhe a sua experiência de gestão!